Lagerstroemia indica (L.) Pers., popularmente conhecido como extremosa, escumilha,[1] resedá ou árvore-de-júpiter, é uma planta da família Lythraceae, nativa da República Popular da China e Índia. A espécie foi introduzida nos Estados Unidos em 1790 pelo botânico André Michaux e é cultivada hoje em dia como árvore ornamental.
No Brasil é utilizada amplamente em arborização urbana. Por se tratar de um arbusto conduzido facilmente reproduzido através de estaqueamento, foi tida como panaceia para o plantio em ruas com fiação elétrica. Como resultado, em algumas cidades esta espécie sozinha representa mais de 20 por cento das árvores em via pública. Assim, apresenta diversas desvantagens, como:
grande quantidade de brotações emitidas em resposta a danos pequenos, como os causados por choques em roçada, formando "moitas";
grande suscetibilidade à infestação por ervas-de-passarinho (Loranthaceae) (se cultivada próxima a outras árvores de grande porte suscetíveis, pode atuar como fonte de infestação, aumentando os riscos de acumulo de ervas em galhos grandes e consequentemente facilitando sua queda);
massa foliar reduzida, especialmente quando encontrada com epífitas;
infestação por oídio e facilidade da disseminação do patógeno devido à alta frequência populacional da planta hospedeira;
necessidade de sucessivas podas drásticas para manutenção do equilíbrio devido à natureza das raízes;
baixa eficiência como equipamento urbano, pois devido à massa foliar reduzida fica restrita à função ornamental.
Por tratar-se de uma planta exótica que, além de ocorrer em quantidades excessivas (monocultura viária em conjunto com o alfeneiro), também não serve de recurso à fauna (possui flores que a abelha nativa jataí sempre está presente), seu plantio tem sido desencorajado em planos diretores desenvolvidos para diversas cidades brasileiras.
Fonte: Wikipedia Referências: FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.747
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